Olá estranhos da internet!! Depois de quase quatro meses desde que eu o comprei, finalmente consegui ler "Cidades de Papel" do nosso querido John Green. Apos a surpresa que tive com " A Culpa é das Estrelas", logo em seguida ter lido o melhor livro que li ano passado o incrível "Quem é você Alasca?" era lógico que minhas expectativas com "Cidades de Papel" eram altas e mais uma vez John Green me surpreendeu.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo Quentin Jacobsen, ou simplesmente "Q", ele está no ultimo ano do ensino médio, um pouco nerd (como todos os outros personagens dos livros do John Green), adora jogar videogames, tem seu pequeno grupo de amigos, ou seja, uma vida comum de adolescente com uma rotina comum e ele ama essa rotina. Acontece que Q é completamente apaixonado pela sua vizinha, que pra variar é a garota mais legal da escola, Margo Roth Spiegelman.
Quentin conhece Margo desde que os dois tinham 2 anos e naquela época eles eram melhores amigos e faziam tudo juntos, quando tinham por volta dos 9 anos de idade, enquanto passeavam por um parque eles encontram um corpo de um homem morto e indo contra o que qualquer criança norma faria, Margo, como sempre gostou muito de um mistério, foi tentar descobrir o porquê do homem ter morrido e nas suas investigações ela descobrindo que o desconhecido tinha se suicidado e quando os dois tentam entender o motivo dele ter se matado Margo chega a seguinte conclusão:
Talvez todos os fios dentro dele tenham se arrebentado.
Conforme cresciam Quentin e Margo se afastaram, como disse ela virou a garota mais legal da escola e ele um cara que andava com a banda da escola, ou seja, nada popular. Até que um dia quando Quentin está prestes a ir dormir, Margo aparece vestida de ninja (sim, de ninja) na janela do quarto dele e o chama para ajuda-la em onze tarefas, mesmo relutante Q concorda e ele acaba vivendo a noite mais legal da vida dele. Após as missões, Quentin acredita que agora a amizade dele e de Margo "renasça" e talvez até consiga começar um romance com ela nesse ultimo ano da escola, só que Margo não aparece na escola no dia seguinte, nem no outro e nem no outro...Ela simplesmente desaparece.
Por incrível que pareça quase ninguém deu muita bola, pois Margo vira e mexe sumia por uns dias e a maioria das pessoas, inclusive os pais dela, acham que a garota só quer chamar atenção. E é basicamente esse o plot da historia, Quentin procurando Margo e nesse meio tempo tentando entender quem realmente é a garota por que ele é apaixonado.
Embora ainda seja um “nerd
filosófico”, Quentin, foge um pouco do padrão de “protagonistas do John Green",
ele é super carismático, não tem problemas com garotas é um cara tranqüilo
daquele tipo você poderia conversar horas sobre qualquer coisa. Os dois melhores amigos dele, Ben e Radar, também são incríveis e mesmo sendo
coadjuvantes na historia em diversos momentos roubam a cena. O único
problema que eu tive com o Quentin, foi à falta de amor-próprio do garoto,
depois que a Margo “sumiu” ele vive em função de achá-la, deixa de sair com os
amigos e se divertir, para ficar tentando encontrar pistas sobre o paradeiro
dela e não sei se estou sendo insensível ou algo parecido, mas isso me irritou
um pouco.
Já Margo me lembrou um pouco
Alasca, com o seu espírito livre e sem se importar com ninguém, ela tem uma certa carência de atenção, pois pelo que eu entendi seus pais são um pouco ausentes, mas mesmo assim a garota consegue ser bastante sensata e pé no chão, a sua maneira, é claro.
Enquanto a historia vai se desenrolando e as pistas sobre o paradeiro da Margo vão aparecendo, Quentin vai descobrindo um pouco mais sobre a garota que ele ama, ou acha que ama, e um pouco mais sobre si mesmo, o que é bastante interessante, pois a grande mensagem que o livro traz é que "nem sempre o que achamos das pessoas, são como elas realmente são", o que é um excelente chacoalhão naquelas pessoas que ficam romantizando suas "almas gêmeas", sem nem ao menos conhece-las direito. Eu ouvi muita gente reclamado do final desse livro, mas não entendi o porquê desse ódio todo, eu achei o final simplesmente fantástico, acharia ruim se não terminasse da forma que terminou.
John Green mais uma vez
surpreende com sua escrita simples e fluida, mas extremamente inteligente e engraçada, e embora o livro tenha uma premissa relativamente simples, ele consegue ser ter uma grandiosidade nas suas paginas, coisa que só o nosso querido João Verde consegue fazer.
Título original: Paper Towns
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Paginas: 368
Ano: 2013
Realmente John Green consegue pegar algo que é certeza que vai dar em cliche em algo muito fora do comum.
ResponderExcluirEnfim, Muito obrigado Breno pelos elogios, e tbm to seguindo seu blog que tbm é bem bacana
Abraços
Na verdade é exatamente isso que eu acho genial do John Green, ele consegue pegar uma premissa que parece ser super cliche e transforma-la em algo bom, com uma mensagem realmente bacana, os livros deles são leves, pra vc ler despretensiosamente, mas se vc prestar um pouco atenção vai ver que ele consegue passar otimas mensagens pros jovens que tem um pouco de "preguiça" de refletir na vida universo e tudo mais,
ResponderExcluirAbraços
Quero muito le esse livro, cada resenha que vejo a curiosidade só aumenta.
ResponderExcluirhttp://momentocrivelli.blogspot.com.br/
Já li 'Quem é você, Alasca?" do John e devo admitir que não gostei muito do enredo. Parece que a estória morre na metade, não sei. Enfim, sua resenha de Cidades de Papel está muito boa, parabéns. Talvez eu leia o livro, não sei.
ResponderExcluirAbraço,
decaranasletras.blogspot.com